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Aumento no uso de agrotóxicos para o controle de pragas

De acordo com um artigo publicado no site da Embrapa, “nunca se usou tanto agrotóxico nas lavouras brasileiras”. Segundo com o IBGE, a utilização de produtos químicos para o controle de pragas, doenças e ervas daninhas mais que dobrou em dez anos. Entre 2002 e 2012, a comercialização de agrotóxicos no país passou de quase três quilos por hectare para sete quilos por hectare, um aumento de 155%.

Além do aumento do uso de agrotóxicos sobre os alimentos, o IBGE também avaliou os diferentes tipos de agrotóxicos sintéticos pulverizados sobre as lavouras. Sendo que, cerca de 30% foram classificados como muito perigosos.

Esses dados preocupam, uma vez que diversos segmentos da sociedade têm levado à uma demanda crescente por alternativas que atendam às restrições ambientais e às exigências dos consumidores.

Controlando pragas e produzindo alimentos de forma sustentável

O homem precisa inevitavelmente retirar recursos naturais do meio ambiente para sua sobrevivência. No entanto, é necessário utilizar esses recursos de maneira racional e sadia, fazendo com que seja possível utilizá-los e ao mesmo tempo garantir a sustentabilidade. Para isso, pesquisadores vem estudando as mais variadas formas de equilibrar essa relação.

Ao buscar formas de aumentar a produção de alimentos nas lavouras, produtores agrícolas utilizam pesticidas em larga escala, para controlar pragas. Em decorrência do uso indiscriminado desses produtos, apesar de todas as regulamentações vigentes, o meio ambiente e a saúde da população correm sérios riscos.

Pesquisadores de vários institutos e universidades estudam formas de controlar essas pragas, proteger o meio ambiente e produzir alimentos seguros para consumo. Deve haver oferta de alimentos em quantidade, sem contaminações de qualquer tipo, pautado na segurança de alimentos do Brasil.

No nosso país, é um desafio controlar os contaminantes, devido à grande área cultivada por agricultura. Entretanto, algumas formas de controle biológico que não envolvem agentes químicos, vem sendo estudadas a décadas. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) é uma das investidoras em pesquisas de controle biológico de pragas desde os anos 80. Essas mais de três décadas dedicadas a estudos científicos resultaram num sólido expertise do assunto.

A premissa básica do controle biológico é reprimir as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de seus predadores naturais, que podem ser outros insetos benéficos, parasitóides, vírus e microrganismos, como fungos e bactérias.

Esse método de controle racional e sadio tem como objetivo final utilizar esses competidores naturais, pois não deixam resíduos nos alimentos, são inofensivos ao meio ambiente e à saúde da população.

Assim, a pesquisa espera contribuir para reduzir o uso de pesticidas químicos empregados no manejo integrado de pragas, colaborando para a melhoria da qualidade dos produtos agrícolas, redução da poluição ambiental, preservação dos recursos naturais e, para a sustentabilidade dos agroecossistemas.

Manejo integrado de pragas (MIP)

O MIP refere-se à integração de diferentes ferramentas de controle, tais como os produtos químicos, agentes biológicos, extratos de plantas, feromônios, variedades de plantas resistentes a pragas, manejo cultural, dentre outras.

Quando bem empregada, a técnica limita os efeitos potenciais e prejudiciais dos pesticidas químicos à saúde pública e ao ambiente. Além de favorecer a volta do equilíbrio natural do agroecossistema.

Entretanto, é indispensável o entendimento do sistema da plantação como um todo e o conhecimento das inter-relações ecológicas entre predadores utilizados, seus inimigos naturais e o ambiente onde a plantação está inserida.

Isso demonstra que há alternativas de proteger o meio ambiente e ainda assim produzir alimentos em massa, se não sem, pelo menos com uma redução significativa do uso de pesticidas.

Aumento no uso de agrotóxicos para o controle de pragas

Controle biológico de pragas

O controle biológico, inserido no manejo integrado de pragas, é uma das opções viáveis para atender aos anseios da sociedade na busca constante por soluções sustentáveis.

Enquanto estuda formas de difundir os resultados práticos das pesquisas, a Embrapa reconhece que seus principais desafios são:

  • eliminar os fatores restritivos a expansão do controle biológico;
  • quebrar o paradigma da utilização do controle biológico; e,
  • proporcionar agilidade para a exploração dos agentes de controle biológico (em desenvolvimento ou na forma do potencial de suas coleções) na Embrapa.

(Fonte:https://www.embrapa.br/tema-controle-biologico/sobre-o-tema)

Para o pesquisador, Carlos A. Lopes, da Embrapa Hortaliças, doutor em fitopatologia pela Universidade da Flórida, “O mote de vários grupos de pesquisa comprometidos com as cadeias produtivas é a busca constante de alternativas de controle de pragas que sejam cada vez menos dependentes dos produtos químicos. No entanto, essas alternativas devem merecer a confiança do produtor e ter custo competitivo. Até que possamos abrir mão definitivamente dos agrotóxicos, situação que, com muito otimismo, levará ainda muitos anos, é realista pensar que a Embrapa, as universidades e os institutos estaduais de pesquisa vêm diligentemente procurando essas alternativas.”

(Fonte: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252017000400016)

Análises de resíduos

Mesmo com todas essas táticas de controle de pragas, a aplicação de pesticidas na produção de alimentos, hoje em dia, é uma prática comum e autorizada. Isso aumenta a produtividade e, assim, fornece alimentos para toda a população. Consequentemente, estes pesticidas podem deixar resíduos nos alimentos que devem ser controlados para evitar problemas de segurança alimentar.

Dado o elevado número de pesticidas autorizados para utilização nas diferentes matrizes de vegetais, frutos e sementes, para analisar sua presença é necessário dispor de métodos que permitam controle dos compostos originais e dos seus metabólitos. Para este propósito, técnicas cromatográficas acopladas a analisadores de espectrometria de massa, constituem os métodos excelência. Certas características deste tipo de equipamento, como a sua seletividade, sensibilidade e robustez, fazem com que a análise quantitativa tenha uma ampla aplicabilidade e confiabilidade para contaminantes em amostras de alimentos.

Controlando corretamente a aplicação de pesticidas na agricultura, o que pode ser feito através dessas análises, é possível se manter uma produção de alimentos mais limpa, sustentável e segura.

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