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A importância da Certificação Não-OGM para Cana-de-Açúcar

O aumento da demanda por alimentos, em virtude do crescimento populacional, impulsionou o desenvolvimento tecnológico agrícola de plantas transgênicas, aplicadas para garantir maior produtividade, melhor eficiência no controle de pragas e resistência a utilização de pesticidas. Entretanto, potenciais efeitos nocivos causados à saúde humana e os possíveis problemas relacionados aos impactos ambientais gerados por organismos geneticamente modificados (OGMs), tem potencializado a preocupação dos consumidores ao redor do mundo.

Como resultado, muitos países exigem a rotulagem obrigatória de alimentos que contenham ingredientes geneticamente modificados (GM), onde a porcentagem exceda limites específicos. Por outro lado, para vender alimentos livres de OGMs e satisfazer as demandas dos consumidores estimulados por uma consciência de alimentação mais saudável, com foco na preservação do meio ambiente e da biodiversidade é preciso garantir a conformidade e integridade de controle, inspeção, rastreabilidade e rotulagem correta desses produtos. A maneira mais eficiente de fazer isso é certificando sua produção como Não-OGM. A FoodChain ID conta com Programa de Certificação Não-OGM e a Marca Registrada Não-OGM (selo de produto) para uma fácil identificação destes produtos no mercado.

Com produções recordes, a cana-de-açúcar é uma das principais commodities exportadas pelo Brasil e com enorme potencial de crescimento quando associada a produtos livres de transgênicos.

Brasil, maior produtor de cana-de-açúcar do mundo

O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, sendo essa uma das atividades que mais movimentam a economia. Segundo o Instituto de Tecnologia Canavieira (ITC), o setor representa 2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A cana também está entre as culturas mais versáteis do agronegócio. A partir dela se obtêm açúcar, etanol, biomassa, insumos – como ração para bovinos, rapadura, aguardente, melado, proteínas, aminoácidos e até plástico ecológico.

Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), mostram que a estimativa da safra 2021/22 de cana-de-açúcar no país indica produção de 568,4 milhões de toneladas do vegetal. Com esse volume de cana deve ser produzido 33,9 milhões de toneladas de açúcar e 24,8 bilhões de litros de etanol.

Devido à grande importância da cultura para o país, os centros de pesquisa nacionais têm buscado melhorar geneticamente a cana-de-açúcar, por meio da biotecnologia moderna para o desenvolvimento de variedades transgênicas.

Cana-de-açúcar geneticamente modificada

O Brasil é pioneiro no cultivo de cana-de-açúcar geneticamente modificada. Atualmente, a cana transgênica está presente em 20 mil hectares do país, utilizadas por 170 produtores.

Isto ocorre porque um dos grandes desafios da cultura da cana-de-açúcar é um inseto, conhecido como broca-da-cana, uma espécie de mariposa da ordem lepidóptera, considerada a principal ameaça às plantações no Brasil. Para combater essa praga, em 2017 uma variedade de cana-de-açúcar geneticamente modificada resistente à aplicação de quatro vezes a dosagem comercial do herbicida glifosato e à infestação com larvas da broca-da-cana foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

A aprovação da cana transgênica brasileira ocorreu sobre forte contestação de representantes do Ministério do Meio Ambiente e especialistas da área e da agricultura familiar, apontando falta de estudos sobre os impactos ambientais e à saúde humana. Segundos os especialistas, há lacunas graves quanto aos potenciais efeitos sobre organismos vivos não alvos das toxinas dessa planta modificada, aos animais e ao seres humanos que consumirem a cana in natura, e o risco dessas novas variedades sobre espécies silvestres, a partir dos cruzamentos naturais entre ambas. Espécies silvestres da cana representam a fonte principal de produção de açúcar e de bebidas no Brasil, como as cachaças e o popular caldo de cana. A cana-de-açúcar é uma planta alógama com cem por cento de fecundação cruzada.

Além disso, estudos apontam que nos campos de cana, a carga de toxina inseticida Cry1Ab é 20 vezes superior ao que já ocorre nas lavouras de milho transgênico de mesma tecnologia, já proibido em todos os países europeus, mesmo com toxidade muito menor.

Clientes canadenses não querem açúcar de cana transgênica

Apesar das autoridades canadenses, desde 2018, aprovarem o uso da cana geneticamente modificada para a produção de açúcar, o uso da matéria-prima está sendo questionado por refinarias locais, que já exigem em contrato a comprovação de que o açúcar bruto que compram no país não seja produzido a partir de planta geneticamente modificada, até mesmo antes de sua chegada ao mercado.

De acordo com reportagem publicada pelo portal Valor Econômico, os canadenses estão “tentando entender” a origem do açúcar vendido em seu mercado e “preferem” que não seja de cana geneticamente modificada.

Demanda internacional por cana-de-açúcar livre de transgênicos

No mercado internacional já existe uma demanda por açúcar produzido de matérias-primas não transgênicas, sobretudo na América do Norte e na Europa. Estima-se que somente nos EUA, a demanda por açúcar de matéria-prima não transgênica seja de ao menos 200 mil toneladas por ano.

Essa demanda específica ocorre porque praticamente toda beterraba cultivada nas lavouras americanas pela indústria açucareira possui modificação genética para garantir tolerância ao herbicida glifosato.

De acordo com levantamento realizado pelo Valor Econômico, a expansão da beterraba transgênica nos Estados Unidos levou algumas indústrias de alimentos a buscarem açúcar feito de matérias-primas sem modificação genética, o que criou um nicho de mercado.

Índia não quer transgênicos do Brasil

A partir de 1º de março deste ano, a Índia estabeleceu novas regras para a importação de 24 produtos vegetais, independentemente do grau de processamento e do uso proposto. A partir de agora todos os alimentos vegetais precisam receber a certificação “não-OGM”, sendo que somente os produtos que têm autorização para cultivo OGM no Brasil – feijão (Phaseolus vulgaris), milho, soja e cana-de-açúcar – poderão ser apresentados por meio de laudo de análise laboratorial, emitido por laboratório da rede credenciada Mapa, atestando a ausência de evento OGM na partida a ser exportada.

Por que escolher o Programa de Certificação Não-OGM da FoodChain ID para Cana-de-Açúcar?

  • Certificação em conformidade com os requisitos obrigatórios de rotulagem relativos aos OGMs;
  • Os mercados Não-OGM em todo o mundo possuem sistemas regulatórios diferentes, o que aumenta a complexidade para que as organizações se aproximem e acessem mercados globais diversos com confiança. O conceito do Padrão Global FoodChain ID Não-OGM reconhece a importância de viabilizar soluções orientadas ao mercado e de adaptar a certificação para abranger esses diferentes mercados;
  • Amostragem e testes baseados em risco;
  • Certificados de Conformidade quanto à Rastreabilidade – Traceability Certificates of Compliance (TCCs) – a nível de remessa/lote;
  • Uso do selo FoodChain ID Não-OGM para o reconhecimento do valor agregado de seus produtos certificados.

Preencha o formulário e entre em contato agora com a FoodChain ID para saber mais sobre o Programa de Certificação Não-OGM.

Fonte: Embrapa, Conab, Valor Econômico, Agrolink e Nova Cana

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