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Mercado do arroz no Brasil: como se diferenciar?

A cadeia do arroz desempenha importante papel social e econômico no Brasil. O arroz é tradicionalmente um dos produtos alimentícios mais consumidos no país, sendo o seu consumo anual estimado em torno de 12 milhões de toneladas. Foi introduzido no país nos tempos coloniais pelos portugueses, trazido da Ásia e se adaptou perfeitamente aqui.

O Brasil é o maior produtor e consumidor de arroz fora da Ásia. Também é importante ressaltar a evolução do mercado orizícola brasileiro no competitivo mercado internacional.

O grão brasileiro tem sido direcionado principalmente para o mercado latino-americano e africano e, ao se considerar a alta qualidade do produto brasileiro, há potencial de expansão das exportações brasileiras.

Números do arroz no mundo

Para 2019, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, espera-se que as exportações possam ser favorecidas novamente, puxadas especialmente pela taxa de câmbio e melhor dinâmica da procura por países africanos.

Em 2018 os principais compradores de arroz do Brasil foram Venezuela, Senegal, Gambia, Peru Nicarágua e Serra Leoa. (Fonte: https://www.cepea.esalq.usp.br/br/releases/arroz-perspec-2019-com-baixa-rentabilidade-area-e-oferta-devem-cair-e-precos-se-sustentar.aspx)

As vendas externas são equilibradas entre quebrados de arroz (35%), arroz parboilizado ou integral/esbramado (35%) e arroz branco polido e/ou em casca (30%).

Em 2011 o Brasil, , passou a ser o sexto maior exportados mundial de arroz. E isso se deve à sua moderna e eficiente estrutura comercial, industrial e logística voltada ao mercado internacional.

A estabilidade de oferta dá suporte à inserção no comércio mundial, bem como a sua competitividade e tradição no livre comércio.

Dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontam que a produção mundial 2018/19 poderá ficar em 491,139 milhões de toneladas de arroz beneficiado, 0,79% menor que a da safra anterior, devido a quebra na colheita chinesa.

Entretanto, o consumo está previsto para atingir 489,560 milhões de toneladas de arroz beneficiado, 1,4% maior que o período anterior, puxado especialmente pelo crescimento na Índia e Nigéria.

A comercialização também poderá ser recorde, indo para 48,3 milhões de toneladas de arroz beneficiado, com maiores compras por vários países africanos, como Nigéria, Benin, Burkina – mas envolve apenas 9,9% do consumo mundial.

Mercado do arroz no Brasil: como se diferenciar?

Como o nosso produto pode se destacar e conquistar novos mercados?

Não é só o consumo que aumenta, também aumenta a cada dia o número de consumidores em todo o mundo que exige e escolhe produtos sustentáveis. A maioria dos supermercados europeus quer uma cadeia de fornecimento com originação de produtos sustentáveis e zero desmatamento recente.

Também cobra aspectos sociais como direitos humanos e trabalhistas. Isso sem falar nos agrotóxicos, proibidos na Europa, e que não são aceitos na cadeia de fornecimento do varejo, havendo limites máximos de tolerância.

Isto nos mostra que produtos com certificação ambiental têm muito mais chance de conquistar o mercado Europeu.

Os produtos com certificação em sustentabilidade têm a vantagem competitiva

Há  visibilidade quanto a questões ambientais e sociais na originação de matérias primas, e

  • Reputação e imagem da marca
  • Expectativas de Investidores – evitar problemas e exposição negativa
  • Legislação, manejo de risco e potenciais passivos
  • Oportunidades de eficiências ambientais e redução de custo
  • Maneira afirmativa de demonstrar estratégia e contribuição à mudança climática

Assim, as empresas vendedoras podem obter um posicionamento com vantagem competitiva e preferência de compra. Existe a possibilidade de se obter valor incremental sobre o de mercado por demonstração de sustentabilidade do produto através de certificação.

Certificação PROFARM

Com o lema “Negócios responsáveis podem ser negócios lucrativos”, o sistema PROFARM consiste em dois elementos principais: os Padrões PROFARM e o Protocolo de Certificação PROFARM.

Os Padrões PROFARM, compostos pelo Padrão de Produção e o Padrão de Cadeia de Custódia, foram desenvolvidos em resposta à demanda do mercado por uma solução de certificação e verificação para sustentabilidade ambiental e responsabilidade social na agricultura que seja flexível e ágil o suficiente para abranger uma escala de produção em termos de grandes áreas de cultivos e culturas múltiplas.

  • O Padrão de Produção PROFARM é aplicável à produção primária para todas as culturas agrícolas.
  • O Padrão de Cadeia de Custódia PROFARM é aplicável às operações de processamento industrial que recebem produtos certificados pelo PROFARM, e elos posteriores da cadeia de fornecimento

O Padrão foi elaborado para atender às diretrizes das Soy Sourcing Guidelines, da Federação Europeia de Fabricantes de Rações (FEFAC). O objetivo do Padrão PROFARM é ser um elo da cadeia de valor entre produção e demanda de commodities, simultaneamente fornecendo rastreabilidade completa. Isso estimula:

  • A adoção mais ampla de boas práticas agrícolas;
  • A proteção de áreas de alto valor de conservação, do meio ambiente e biodiversidade em geral;
  • O engajamento dos trabalhadores rurais e da comunidade.

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