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A polêmica do glifosato: acompanhe a sequência dos fatos

Como o glifosato ganhou destaque no debate sobre defensivos químicos

No início do mês de agosto (2018) uma notícia com efeito bombástico atingiu o mercado do agronegócio. A proibição do registro de defensivos à base de glifosato, thiram e abamectina.

Aplicada pela juíza federal substituta Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara, da Justiça Federal do Distrito Federal, em resposta a um processo movido pelo Ministério Público, a medida entraria em vigor a partir de 3 de agosto, por um período de 30 dias.

Também de acordo com a decisão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deveria concluir o processo de reavaliação toxicológica dos ingredientes até o dia 31/12/2018, sob pena de multa pesada, em caso de não cumprimento.

A medida pegou de surpresa os produtores e, certamente, surpreendeu também a Anvisa, que conduz estudos sobre o tema desde 2008 e já estaria defasada na tomada de decisão em relação a agências reguladoras, por exemplo, da Austrália e União Europeia.

Mas o grande problema de uma medida dessa natureza reside mesmo no risco de comprometimento do calendário da safra de grãos, pois o herbicida é essencial para viabilizar o plantio direto em culturas como soja e milho, principalmente das variedades transgênicas.

Claro que diante do corre-corre gerado no setor a liminar que suspendia o registro e comercialização do produto foi derrubada, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, atendendo a um pedido da AGU (Advocacia Geral da União), já no início de setembro.

Mas é razoável pensar que essa discussão deve permanecer acalorada, mesmo o herbicida glifosato tendo sido desenvolvido há cerca de quatro décadas e estar liberado para uso nas práticas agrícolas em mais de 100 países.

E esse debate deve ser positivo, afinal, nesse processo os estudos são aprofundados, revisados e tudo contribui para agregar segurança à produção de alimentos.

a polêmica do glifosato

Glifosato: pesquisas não têm consenso

Tudo indica que o consenso sobre os efeitos do glifosato sobre a saúde humana e o meio ambiente ainda está longe de ser alcançado.

Muitos estudos correlacionam o herbicida ao aumento de doenças como câncer, depressão e Mal de Alzheimer. Isso parece ocorrer porque o glifosato está ligado à redução das bactérias do bem no intestino humano.

Recentemente, um estudo conduzido na Unicamp teria revelado que o organismo humano completa em três horas a eliminação total do defensivo químico e que não teria efeito cumulativo.

A pesquisa foi realizada por estudiosos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em projeto financiado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso.

Realizada com um universo de 30 trabalhadores rurais, o resultado, embora positivo, ainda seria preliminar.

Isso parece contradizer análises feitas em urina e sangue de pessoas na Alemanha, pela  Fundação Heinrich Böll em 2016, onde foi encontrado resíduo de glifosato.

No fim, o que há em comum no meio científico sobre o assunto ainda são os pontos de interrogação.

Soja convencional ganha espaço

Em 1998 a soja transgênica foi adotada no Brasil e, desde então, sua participação cresce. Resistente à pragas e ao glifosato, favorecendo assim o plantio direto. O Brasil hoje é o maior exportador mundial de soja.

Atualmente, a soja transgênica no país é superior a 90% do total produzido.

Mas o mercado vive em mutação permanente, adaptando-se às novas descobertas e movimentos sociais que interferem nas preferências de consumo.

Um desses movimentos tem levado produtores do Mato Grosso a iniciar investimentos em plantios com sementes convencionais, de olho em mercados como a China e a Europa.

O índice de exigências da cultura convencional de soja, vai desde o controle de pragas no plantio até a garantia de evitar contaminação durante o transporte e embarque da produção. Porém, quem investe nesse nicho está de olho no futuro do mercado e, de forma mais imediata no prêmio pago por saca. As flutuações do preço da soja em geral não afetam o prêmio, mas o mercado evoluirá em função das mudanças geopolíticas.

a polêmica do glifosato

Certificação: transgênica ou convencional, transparência faz toda diferença

Quem produz precisa tomar decisões afirmativas o tempo todo. Optar entre plantio transgênico ou convencional é uma dessas escolhas estratégicas.

Em um ou outro, medidas serão necessárias para manter pragas sob controle e garantir o resultado na lavoura. Essas práticas, para produção em grande escala, passam invariavelmente pela adoção de algum agente químico.

Mas é preciso garantir também que essa prática não venha a prejudicar o desempenho do produto no mercado. Por isso, é importante que o produtor monitore o nível dos pesticidas nos alimentos em laboratórios de referência como o Laboratório FoodChain ID Análises, o qual conta com equipamentos modernos e extremantes sensíveis, garantindo resultados precisos e confiáveis atendendo as legislações vigentes.

Além disso, os métodos baseados em DNA do Laboratório FoodChain ID Análises são reconhecidos mundialmente pelo rigor, sensibilidade e confiabilidade na detecção e quantificação de organismos geneticamente modificados (OGM).

O laboratório utiliza o método de reação em cadeia da polimerase (PCR), que permite uma análise direta do DNA e pode detectar a presença de OGMs a um nível de 0,01%.

É essa precisão que fará com que você entregue ao consumidor não apenas o produto, mas a tranquilidade e a certeza de ter em mãos um alimento seguro.

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